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Esculturas

Ana de Medeiros - Pintora e Escultora

Artes plásticas

Babsi em Munique I
Babsi em Munique I
"Expressionismo, a figura e eu"

No meu caminho como pintora passei por realismo, atravessando uma fase impressionista até chagar a alguns anos atrás á minha própria forma do expressionismo.
Pessoas é o que mais me agrada de momento pintar. O corpo e a sua linguagem e a possibilidade de descobrir nisso um absurdo fascina-me enormemernte.
Quando o corpo se repousa, não significa que nada mais diga. Não são as posições forçadas, ou os movimentos quase acrobáticos aos quais eu presto a minha atenção mas sim muito mais ao estado distraído, descontraído, também ao prepositado, porém espontâneo. Mãos e pés, dedos atraem-me imenso.
O meu estilo na pintura assim como na escultura, encontrei-o mas não quero ficar presa nele. A minha forma de me expremir irá variar continuamente dependente do tema. Por exemplo, na pintura: as cores mudarão, os motivos, o material e o assunto do meu trabalho, tudo será outro, porque eu não posso ficar parada, especialmente como artista. Alguns temas artísticos trato breve, outros duram mais. Por parte, trata-se no meu trabalho duma arte espontânea, que seja este pintura ou escultura, por outro lado, podem os meu quadros assim como as minhas esculturas representar situações na minha vida.
A forma bizarra nunca será bizarra demais para mim como artista.
Mas a maior parte das vezes, provem a minha pintura do desejo de expremir como pintora algo que me comove como ser em determinada situação. As figuras, que eu crio para isso surgem, dependendo da mensagem pretendida, respectivamente distorcidas, incompletadas ou mesmo reduzidas só ao tronco.
Quando mãos, pés ou outras partes do corpo tomam de repente proporções excessivas é então porque desejo expremir força ou talvez apenas tranquilidade. Depende...
Por outro lado as cabeças às vezes são excepcionalmente pequenas
com a intenção de destacar a relação entre a cabeça e a razão, prudência ou juízo pretendendo desligar por momento qualquer intelecto.
Na maioria das minhas pinturas, as pessoas aparecem sózinhas, e mesmo sque
eles nos pareçam um pouco descontraídas, elas não se sentem contudo felizes naquela solidão. Mas esta situação não é por falta de outros próximos, mas sim da ausência de uma comunicação mútua entre todos.
Para ainda mais acentuar o caso costumo usar cores que destaquem individualmente disposições anîmicas.
E as minhas figuras estão sempre despidas, como se eu quisesse levantar um pano descobrindo as suas almas.
Aquilo que os meus olhos vêem, uso só na pintura para o que eu me apercebo emocionalmente

No entanto, como artista, para mim nem sempre é solidão o tema principal. Extremamente aparece isto nos quadros dos anos de 1992, 93 e 94. Por vezes, porém acompanha a solidão simplesmente outro assunto, perdendo assim automáticamente o valor de solidão.
Ocasionalmente, sobresai uma característica sexual, como um símbolo de Feminilidade. Então trata-se só duma identificação com o meu eu própria como mulher. Acho eu.

Texto, Ana de Medeiros, 1993

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Pintura Pontos de vista, 1992
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